Sempre quando entramos num terreira, geralmente a primeira coisa que
visualizamos, na maior parte dos casos é chamada casinha de Exú, geralmente de
portas fechadas, já que as mirongas lá dentro não podem ser vistas. Geralmente
lá dentro se encontram aquelas estátuas de mal gostos. Vermelhas, formas
assustadoras, que na realidade espiritual nada tem a ver com o EXÚ. Na falta de
conhecimento dos Babalorixás (donos de terreiros), que insistem em dizer que
essas estatuetas são figuras fiéis dessas entidades. Algumas tendas
colocam animais mortos dentro dessas casinhas e ainda se dizem casas de
umbanda. Isso só atraí Kiumbas, ignorancia e afasta as entidades de boas
vibrações. A umbanda não corrobora com isso.
No Brasil, Exu/Legbá (Mavambo,
Bombojira, Cariapemba nos candomblés congo-angola) é familiarmente chamado de
Compadre, o Homem da Rua ou das Encruzilhadas, onde suas oferendas são
colocadas. Nom terreiros, o seu lugar consagrado fica ao ar livre ou dentro de
uma pequena choupana isolada denominada "a casa de Exu" ou atrás da
porta de entrada do barracão. Simbolizado por um tridente de ferro ou por uma
estátua de ferro brandindo um tridente, segunda-feira é o dia da semana que lhe
é dedicado. Suas contas são pretas e vermelhas." (Museu Afro-Brasileiro).
Muniz Sodré: “Exu, o princípio dinâmico
que rege a vida, e Ifá, encarregado de transmitir os propósitos dos orixás aos
homens, são as duas divindades que aparecem com destaque nos rituais
afro-brasileiros. A casa de Exu fica
próxima à entrada dos terreiros com o objetivo deproteger o espaço sagrado.
Muitas vezes confundido com o conceito cristão de demônio, Exu é, na verdade,
uma força que possibilita a ligação entre este mundo físico, Aiyê, e aquele
habitado pelas divindades, Orum.”