segunda-feira, 25 de abril de 2011

E agora JOSÉ?

Quando poderemos te encontra novamente ouvir sua risada gostosa,sua voz declamando belas poesia,suas palavras de afeto, compreensão e carinho para conosco.Sinto que nos encontraremos naquela estação,do outro lado do rio,no plano astral e até mesmo em um dos lados daquela pirâmide. O senhor nos faz muita falta, te amamos profundamente e jamais te esqueceremos MESTRE JOSÉ JAIME.





KATHIA CRUZ DE OXALÁ

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Existe pessoa que passam por nossa vida simplesmente por passar, com o senhor foi diferente; pode ter certeza que fizestes a diferença na vida de cada um de nós. Podemos chamá-lo de pessoa estrela ou cometa uma brilha constantemente no firmamento outra
Passa raramente mais deixa sempre um rastro anunciando sua passagem. Podemos nesse momento sentir grande tristeza por não podermos tocar no senhor, ouvir sua voz nos aconselhando,
O afago do seu abraço, até mesmos suas críticas aos nossos erros.Afinal na nossa tristeza se reflete a ignorância de seres humanos falhos e imperfeitos que somos, isso tudo só não diminui o AMOR que sentimos pelo senhor mesmo lá do firmamento olhando e velando por nós.Hoje fazem dois meses de sua partida, em alguns momentos não conseguimos acreditar.
Na verdade o senhor se tornou uma estrela de brilho tão ofuscante que quando tentamos enxergá-lo a nossa visão falha.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

domingo, 3 de abril de 2011

PERFIL: Homenagem ao babalorixá Antonio Cruz



Diz o adágio popular que “quem trabalha Deus ajuda e quem faz pela vida tem”. Um exemplo bem forte desse aforismo é o babalorixá Antonio Cruz, que começou a trabalhar precocemente aos oito anos de idade, quando se achou no encargo de ajudar os seus genitores o operário de salina Augusto Ferreira da Cruz e a dona de casa Maria Paula da Cruz, a dividir as despesas da casa, abrindo mão, assim, da sua infância, saindo da condição de menino para menino-homem, já tomando para si a responsabilidade de um adulto, na luta pela sobrevivência.
Antonio Cruz nasceu na cidade do Assu/RN, onde recebeu o batismo cristão na igreja católica de São João Batista, contudo, teve seu registro de nascimento oficializado no cartório aqui da cidade de Areia Branca. Foi criado no bairro Baixa da Maré onde residiu até alcançar a sua maioridade. Concluiu parte dos seus estudos aqui em Areia Branca, tendo especialização em técnico em contabilidade.
Em 1966 viajou para a cidade do Natal juntamente com o inseparável amigo José Jaime e lá fez curso de licenciatura em história. Renomado professor que lecionou em diversos estabelecimentos de ensino da rede pública municipal e estadual, tendo também dirigido três órgãos de ensino aqui na cidade e em expansão ao seu trabalho foi diretor e professor do Ginasial Acadêmico Municipal Sagrado Coração de Jesus, na cidade de Grossos, onde na referida cidade exerceu ainda o cargo de Secretário Municipal do MOBRAL. Participou do Simpósio sobre a Problemática do Nordeste em Mossoró. Foi defensor dativo com várias atuações em nosso município nos anos de 1963 a 1970. Foi juiz de paz na cidade de Grossos nos triênios de 1974 a 1976.
Em 1954 Antonio Cruz, por motivo de doença foi procurar cura para o seu achaque através da espiritualidade e obteve êxito quando chegou á casa do pai de santo Eurico Cabeceira (in-memorian) e se manteve sob os cuidados do mesmo até o ano de 1958, quando a partir de então foi para o Terreiro de Santa Bárbara (da famosa yalorixá Francisca Edwirgens), permanecendo lá até o ano de 1967, época em que se desligou do aludido terreiro e em parceria com o amigo José Jaime e sua irmã Francelina Cruz, fundaram o Centro Guias Unidos (hoje Centro Pai José de Aruanda), onde por muitos anos cumprira com sua missão como religioso. Antonio Cruz tem filhos de santo espalhados por toda a cidade.
Sua primeira obrigação dentro dos princípios da doutrina espiritualista foi com o babalorixá Pai Leó, fechando o ciclo de obrigações e recebido o tão merecido cargo de babalorixá. Em outubro de 2007 Antonio Cruz passou para as águas de ketu, fazendo obrigações na cidade do Natal, com um dos mais bem conceituados babalorixá do estado o babá obá walé Melquisedec t’ Sangó, no Ilé Asé Dajó Obá Ogodó, fazendo parte hoje de uma das famílias de axé mais bem estruturadas e prósperas do Rio Grande do Norte, a Família Melquisedec t’Sangó. Sua casa de culto é denominada Ilé Asé Dajó Obá Aganjú e fica localizada no Conjunto COHAB nesta cidade. Aposentado, casado com a Sra. Luzia Cruz (iniciante no candomblé) com quem teve dois filhos Ícaro Cruz (iniciando no candomblé) e Igor Cruz (iniciado no candomblé), que são herdeiros do seu espólio material e espiritual.
Atualmente Antonio Cruz está escrevendo a sua autobiografia em prosa e verso e também um livro que fala sobre a história de uma Areia Branca que ainda não foi contada. Ficamos ansiosos e aguardando que essa obra seja difundida o mais breve possível, para que possamos fazer o lançamento da mesma em grande estilo e assim poder nos reportar a história dessa Areia Branca até então desconhecida por todos nós.
Edição do mês Junho/2010
Por: Noamã Jagun
PERFIL: Apresentação da Sacerdotisa Káthia Cruz


Nós que fazemos o Jornal Axé em Noticia queremos apresentar a toda a sociedade areia-branquense a nova zeladora da Casa Pai José de Aruanda, a professora Káthia Cillenne Cruz, brasileira, casada, pedagoga, domiciliada e residente nesta cidade á Rua Natal, Bairro Nordeste. Funcionária pública municipal, com 25 anos de experiência profissional, leciona o ensino fundamental menor. Já participou de vários cursos de formação contínua para melhorar suas estratégias como educadora, fez cursos de artes, reciclagem de jornal e também ministrou um curso de reciclagem de jornal. É casada com o também professor Francisco das Chagas Freitas e filha do professor e babalorixá Antonio Cruz e da modista Maria do Socorro Noberto.
No ano de 1990, Káthia, foi á casa de cultos Pai José de Aruanda com intuito de fazer um tratamento espiritual e encontrou a resposta através do babalorixá José Jaime que viu por meio do oráculo que existiam determinadas energias negativas girando em torno da sua assistida, fazendo a dispersão de tais forças e despertando, assim, a sua espiritualidade. A partir de então ela passou a fazer parte do corpo mediúnico da referida casa e sob a orientação do sacerdote José Jaime, que doravante passou a cuidar da sua cabeça espiritual e lhe mostrar o caminho pelo qual deveria seguir.
No inicio do ano de 2010, José Jaime outorgou a Káthia o cargo de mãe pequena (o segundo cargo dentro da hierarquia do terreiro), já a preparando para lhe substituir no futuro.
...E futuro vinha a cavalo e se fez presente, pois com a morte de Zé Jaime, ela assumiu de fato e de direito todo o patrimônio espiritual deixado por ele, depois de passar por rigorosos rituais de preparação, assumiu o referido terreiro, que apesar do luto de um ano, festejou a posse da sucessora e nova sacerdotisa da casa, perante a sociedade espiritualista da cidade de Areia Branca e Mossoró em data de 04 de setembro do corrente ano.
Káthia, a vida não é como se quer e acreditamos que se dependesse das nossas vontades a história seria diferente, a gente a tinha escrito com nossas próprias tintas e colorido com nossas cores. Quando perdemos algo material tentamos recuperar, mas perder pessoas é outra coisa, elas não voltam, e é essa partida que nos torna impotentes. O universo é engraçado e macabro, pouco nos dá e muito nos tira, mas sempre há o desafio de está nele.
Você ficou na orfandade espiritual quando perdeu seu pai de santo, mas, em contrapartida, ganhou a missão de cuidar de inúmeros filhos de santo (deixados por ele) que hoje lhe tem como mãe; ganhou também a responsabilidade de cuidar de cada um deles, pois são frutos do seu ventre imaterial. Sabemos que amas cada um deles como ama a seus filhos biológicos, com igual teor.
Como diz a fábula do Pequeno Príncipe de Exupéry, somos responsáveis pelo que cativamos e a flor que colhemos ainda em botão deseja se abrir e perfumar do mesmo modo que as outras. Você é essa flor e perfumarás ao seu redor. Você é a flor, nascida num campo onde sementes já foram jogadas, mas somente ela conseguiu permanecer. Ainda é uma jovem flor, quase um botão, abrindo-se devagar, curtindo o sabor do orvalho da manhã e o frescor do neblinar da noite. E essa flor nasceu na sua vida, pois na sua alma ela já estava plantada e cultivada há tempos. Desejamos boa sorte nessa sua nova empreitada frente á Casa Pai José de Aruanda.
Por Noamã Jagun
Contra a Intolerância Religiosa





O jornal passou a ser a nossa maior forma de expressão e, lamentavelmente, o usamos como arma de defesa quando tivemos que lutar contra o preconceito e discriminação apresentado por parte de um irmão evangélico que assumia uma cadeira na câmara de vereadores aqui da nossa cidade. Nós fizemos uma campanha contra esse cidadão que na época usou de vilipendiou para com objeto sagrado do nosso culto. Ele perdeu a campanha eleitoral/2008, amargando um lugar na suplência.



Contra a intolerância religiosa

Caros leitores e irmãos de fé
Queremos nesse ato e através desta mídia apresentar uma denuncia contra um pseudo irmão em Cristo o vereador Roberto Gonçalves, que em data de 23 deste mês fez um pronunciamento através dos microfones da rádio local onde usou de preconceito e discriminação a um dos maiores símbolos da maternidade universal a nossa mãe Yemanjá, dizendo que “a sua imagem deveria ser colocada no fundo do quintal das casas dos adeptos da religião umbanda e candomblé e não na praia de Upanema como fora assentada”. É importante salientar que não estamos aqui defendendo a imagem mal esculpida que chegou á nossa cidade, mas o sentido religioso que ela importa. Este irmão (?) assume uma cadeira na Câmara de Vereadores. – Povo de umbanda e candomblé será que esse pseudo irmão merece ser nosso representante? Ele ainda nem aprendeu a conviver com as diferenças religiosas de modo que perguntamos o que faz esse cidadão no meio da sociedade? Não estamos impondo a nossa religiosidade a ele ou a quem quer que seja, mas queremos ser respeitados como religiosos de matriz africana.
Tem um provérbio yorubá (de origem africana) que diz: Ni gberú Olorun ni gberú enian que quer dizer: só existe respeito para Deus quando se tem respeito pelas pessoas (que são criaturas de Deus). Esse respeito está faltando por parte desse edil.
Reside uma partícula divina em cada um de nós que são os nossos orixás. O nosso Deus pessoal regido por um Deus universal. Eis a prova milenar que Deus existe e que criou os orixás: “Oh! Quão maravilhosos são os começos da historia e da doutrina divina da salvação pela fé pessoal, ao nosso Deus pessoal” (Pentateuco de Moisés – bíblia sagrada).
É hora de pensarmos irmãos (umbandistas e candomblecistas) para escolher a pessoa certa para nos representar perante os órgãos públicos.
Publicado na primeira edição do Jornal Axé em Noticia em junho/2008.
Por Noamã Jagun


CRÔNICA: É só pra dar um toque

O que faz um homem público usar a mídia para criticar e discriminar a religião do povo que o elegeu? Não seria mais correto esse edil usar os meios de comunicação para falar sobre sua plataforma de governo? Para ser o porta-voz do seu povo? É notória a diferença que existe entre o homem público e o cidadão comum, de modo que o homem público ao sair de sua casa deverá deixar guardado no aconchego do seu lar, as suas preferências, suas opiniões pessoais, suas crenças, etc., pois como político, sua vontade deverá ser espelhada na vontade do povo; seus sonhos deverão ser transformados em metas que vise realizar os anseios do seu eleitorado; sua religião, a política e deverá ter como objeto de culto sagrado os que o elegeram; sua igreja, o seu gabinete de trabalho onde não deverá ajoelhar-se, mas sim, arregaçar as mangas e trabalhar para merecer o voto recebido; sua oração, o seu discurso através do qual se comunicará com seus correligionários e anunciará medidas que venham a priorizar as aspirações dos mesmos; sua bíblia serão seus projetos anunciando melhorias (boas novas) para o seu povo; sua fé tem que ser devotada no povo que o elegeu e que também nele botou fé e, seu Deus, um Deus que não faça acepção de pessoas e que caiba dentro do seu coração e do coração daqueles que lhe devotaram confiança.
Não importa que o aspirante político seja católico, evangélico, espírita, candomblecista, etc., importa sim, que seja uma pessoa de bem, de bom caráter, que seja uma pessoa equilibrada psicologicamente e que sua meta de trabalho vise o bem comum.
É hilário ver-se um edil criticar uma divindade da qual ele não tem o devido conhecimento sobre ela. Ex: como pode um “político” lançar uma crítica a respeito de um símbolo sagrado como Yemanjá, se ele não é iniciado dentro dos princípios do Candomblé ou Umbanda? Se não tem nenhum conhecimento universitário sobre o tema, Se não é antropólogo, se esse cidadão, sequer sabe algo á respeito dos Egbá ou Abeokutá, onde se originou o culto a grande Mãe das Águas?
É revoltante, verificar que a sua critica é fundamentada no preconceito, que gera á intolerância e abona a agressão. Cômico é constatar que esse indivíduo, pelo fato de ser “evangélico”, considere-se salvo, apto a morar no reino dos céus e classifique adeptos á outras religiões como merecedores do inferno convencional. Se for haver um julgamento, mas o fantástico e legendário “Dia de Juízo” ainda não aconteceu, de modo que ninguém poderá julgar-se no paraíso e condenar outros ao mundo subterrâneo dos infernos. O juiz não é Deus, ou não?
Devo lembrar que a Bíblia diz: “Não julgueis, para que não sejais julgados; porque com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que tiverdes medido medir-vos-ão também” (Mt. 7;1-2). Digo mais, que a convivência religiosa é plausível e tem respaldo bíblico: “Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas; pelo contrário, em qualquer nação, aquele que o teme e faz o que é justo lhe é aceitável” (At; 10; 34-35).
Viver nossa religiosidade é um direito que está expresso na Lei Magna (Constituição) do país e não abrimos mão desse direito.
É importante mencionar que na nossa cultura não existe diabo, o diabo pertence ás religiões cristãs.
Temos nossa forma específica de adorar a Deus, na existência de um Deus único, onipotente, eterno e in-criado, potência geradora de todo o universo material e espiritual; ponto de partida e de chegada de todas as energias, do alfa e do ômega, principio e fim de todas as coisas.
Publicada na primeira edição do Jornal Axé em Noticia em julho/2008
Por: Noamã Jagun